O que tem de especial em Caux?

Salão principal onde acontecem as reuniões Plenárias

O que acontece em Caux? Há sessenta anos, em cada verão, a assembleia geral de Caux reúne entre 1400 e 2000 pessoas dos cinco Continentes, de várias idades, classes sociais e religião que discutem assuntos específicos para promover a paz no mundo. É em Caux que muitas iniciativas de programas de Mudança são desenvolvidos. 

Para todos Caux nos confronta com pobreza e riqueza, promessas vazias em duas realidades. Ali se aprende que uma idéia ou alguém sozinho não tem nenhuma eficiência e muito menos atração. A sociedade ocidental vive num pessimismo e com dificuldades para encontrar o sentido da vida. Muitos reagem apáticos com os fatos que acontecem ao seu redor. E alguns nem imaginam que podem mudar muita coisa no mundo.

Apresentadoras do evento principal

Outros querem se livrar de qualquer forma da apatia. Tem aqueles que fazem algum trabalho social ou partem para o misticismo atrás de respostas. Os ativistas que querem modificar a sociedade vão ser confrontados com os seus próprios erros em Caux. E aqueles que querem na meditação e no lado místico achar a salvação vão encontrar a saída em uma sociedade adoecida. 

O encontro contou com participantes de vários Continentes

Mas, para muitos neste século, Frank Buchman achou uma síntese, quando teve o seu encontro de transformação. “É muito difícil explicar. Eu vi a mim mesmo com tanto orgulho, com tanto egoísmo e com tanto pecado que me afastavam de Deus. Eu era o centro da minha vida e este centro tinha que desaparecer. E aí de repente quando o individualismo desapareceu eu senti uma nova força de vida dentro de mim”, disse uma participante. 

A partir de um esforço conjunto foi possível realizar o encontro

O que tem de tão especial neste lugar? Mais de 10 mil pessoas de lugares diferentes do mundo, subiram nos últimos anos a montanha, para trocar ideias e aprender como ser catalisadores de mudanças. Tudo começou durante a II Guerra Mundial, com Frank Buchman.

Muitos. E tanto que desde 1938, um número incontável de pessoas de lugares, idades e culturas diferentes vem à Caux. E milhares espalhados pelos cinco Continentes trabalham pelas iniciativas mais urgentes e necessárias para suas situações, começando pela mudança em si próprio. 

E assim começou a iniciativa partindo da Suíça que cresceu e se transformou num Centro Mundial para Iniciativas de Mudança, oferecendo esperanças para a criação de um mundo novo. Em 1946 foi realizada a I Conferência Mundial de Caux e foi também o primeiro encontro entre a França e a Alemanha. 

Vários países do mundo levaram muita coisa boa de Caux, e hoje podem contar de crises e de conflitos que conseguiram solucionar. Depois da II Guerra Mundial, o mais importante a ser feito foi a reconciliação. A reconciliação é um dos fatos mais importantes hoje no mundo. 

Quase tudo que se consome em Caux é produzido lá, inclusive pães, bolos e biscoitos. Em Caux também foram produzidos vários filmes e peças teatrais, que são exibidos até hoje pelo mundo. Todos os anos são doados a Caux grande quantidade de maças produzidas nas montanhas da Suíça. 

Cada visitante do local tem um tempo para meditação. Em Caux se aprende a viver em comunidade. O local é muito especial onde se encontra consolo e cura interior que pode dar esperanças ao mundo. Todos são movidos por uma fé que necessita ser praticada. A prática tirada do local é levada aos países do mundo. Em Caux se aprende a curar as feridas do passado e assumir as responsabilidades para o futuro.

A cada Assembleia se reúnem pessoas jovens ansiosas em moldar o mundo que eles habitam. Líderes industriais e comerciantes que procuram pautar suas atividades sobre a responsabilidade e a ética. Os africanos, asiáticos e europeus que descobrem caminhos para terminar a corrupção. Intelectuais da Europa Oriental à procura de valores para democracia. Líderes adversários em países divididos que estão trabalhando para a paz, líderes de comunidades de fundos étnicos diferentes, que buscam justiça em sociedades multirraciais. Muitos cidadãos, pela importância das conferências de Caux, vêm em busca de solução para problemas particulares e procuram colocar em prática nos dia a dia seus ensinamentos. 

Um lugar de reflexão – O programa de verão consiste em uma série contínua de sessões que lidam com assuntos específicos. Caux oferece a cada pessoa que vem a chance de considerar a chamada particular, na luz de necessidades mundiais. As sessões de Caux se concentram em compartilhar experiências em lugar de teoria: na jornada espiritual do indivíduo ou em iniciativas que contribuam para mudança política ou social Caux é um lugar ideal para reflexão. 

Um Lugar de Reunião – Caux torna isto possível para os indivíduos e grupos se encontrar em circunstâncias que poderiam não ser possíveis. O ambiente é preparado para facilitar diálogos frutíferos. O programa do dia permite discussão a todo nível, em sessões plenárias, reuniões menores, conversações após as refeições e conversas individuais. Caux também é um recurso para os governos e outros grupos que querem reunir as pessoas para propósitos de reflexão ou conciliação. 

Um enfoque de criatividade – O teatro de Caux assistiu a criação de muitas produções importantes. O edifício também é bem equipado para apresentação de concertos e exibições artísticas.

Uma vida de comunidade – Todos os participantes da conferência são convidados para serem envolvidos em trabalhos prático da casa. Isto permite aos cidadãos e líderes a entrosar em um fundamento igual entre si. Os grupos que assumem as tarefas domésticas são diferentes a cada dia para, dando a cada um a chance de se expressar. Caux não especializa em relações formais, mas lhe dá a chance de criar um espírito novo. O que é dito nas reuniões sempre é muito importante. Um pouco de verdade que emerge de uma conversação ou escutando de alguém história pessoal, pode ajudar um participante a repensar sua vida ou pode trazer solução de mudança para uma situação.

O terrorismo – alimentado pelo ódio causado pelas injustiças e humilhações – deixa o mundo perdido e em privação. A ganância – com pretexto de proteção dos negócios – e mais os pacotes de salários corporativos o desemprego, a corrupção e o decréscimo de consumo – contribuiu para a perpetuação das injustiças. Humilhação e ódio prendem nações e comunidades no círculo vicioso de conflitos históricos. Dor e abuso ferem famílias e casamentos.

A Delegação Brasileira se apresentando ao mundo em Caux

Nesse contexto, a integridade – pessoal e pública – perde forças para a transformação global. Mas, quando alguém se posicionar diante de um fragmento de sua hipocrisia, convicto de compaixão e consciência, e der passos honestos de transformação individual, sua ação fará frente a outras pessoas. Será como uma inspiração para iniciativas que tragam justiça e dignidade. 

Brasileiros cantaram "Aquarela do Brasil"

A busca da integridade poderá ser a energia da transformação social no Século 21, através de um crescente número de pessoas que se tornem agentes dessa transformação e da reconciliação, fomentando relacionamentos de confiança e diminuindo as diferenças mundiais. Nas conferências de Iniciativas de Mudança em Caux (Suíça) é a chance de investigar as ações anteriores e de abrir novas e inovadoras avenidas em direção à mudança pessoal e global. 

Religiões que se Encontraram em Caux – Budismo, Chinesa (Confucionismo), Cristianismo, Hinduísmo, Islamismo, Judaísmo e Ateus, entre outros.

PROGRAMAS DE INICIATIVAS DE MUDANÇA NO MUNDO – Agenda de Reconciliação – O trabalho e suas conferências estão baseados na afirmação que: “A cura do passado deve se tornar prática comum no Século 21”.

Programa de Trabalho para Reconciliação (AFR) – Surgiu em 1996 em um simpósio internacional. Hoje é uma cadeia global ativa em prevenção de conflito e reconciliação. Suas conferências acontecem anualmente em Caux, na Suíça. O programa oferece aos participantes  que vem de situações de tensão e de conflito, um espaço seguro e a oportunidade para aprender com o outro o sentido da paz.

Sala de Recepção

Criadores de Paz (o Policial) – Uma iniciativa de mulheres da África (Uganda), como Dorothy Tingu. Essa cadeia informal de homens e de mulheres em prol da paz faz com que neste momento, nos cinco continentes, se trabalhem por conferências que levem estas ações nas comunidades.

Entrada do Teatro

Esperanças nas Cidades (HIC) – O projeto foi lançado na Virgínia, EUA, no auge dos conflitos por discriminação racial. Hoje, o projeto atua na Europa, na América do Sul e na Austrália.